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sábado, 3 de março de 2012

A Paz Universal - Fábula Africana

Em África, as fábulas não se contam só para divertir, mas também, e sobretudo, para ensinar. Por isso não se contam muitas de uma só vez, nem o narrador é uma pessoa qualquer. Contam-se à noite, à roda da fogueira e o narrador, normalmente, é um ancião, com experiência da vida e autoridade moral; a sua narração torna-se uma lição.
As fábulas não contam propriamente a verdade. Nunca se verá uma serpente a discutir com um macaco. A verdade das fábulas não está aí. Está em que, falando de animais, as fábulas, na realidade, não falam deles, mas do homem, das suas artimanhas, da sua mesquinhez, medos e paixões... Também da sua nobreza, sabedoria e felicidade. É ao homem que se dirige a moral que se desprende de cada fábula.




Entre nós, já quase não existem contadores de histórias. Há anos atrás, ainda ouvíamos a nossa avó contar a história da Branca de Neve, ou um nosso tio, que vinha de longe, as histórias dos piratas. Agora, preferimos ver televisão, que nos mete tudo pelos olhos dentro, não deixando espaço àqueles que nos encantavam com as suas histórias narradas sem tantas formalidades.

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