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sexta-feira, 4 de outubro de 2013

6 curiosidades sobre o melhor amigo do Homem



Na Antiguidade, os cães tinham um papel espiritual. Na mitologia grega, era um cão de três cabeças (Cerberus) que guardava o submundo, e, no Egipto, era adorado o deus Anúbis (uma cabeça de cão no corpo de um humano). Os Maias acreditavam ainda que eram cães que os guiavam depois da morte.

Nos dias de hoje, os cães não são vistos como figuras religiosas, mas sim como animais de estimação. Um estudo levado a cabo pela Gfk, uma empresa de estudos de mercado, realizado no ano anterior concluiu que os cães continuam a ser o animal de estimação preferido pelos portugueses, estando presentes em 34% dos lares.

O melhor amigo do Homem pode ainda ajudá-lo a encontrar mais amigos humanos. Um estudo publicado no ano 2000 pela Sociedade Britânica de Psicologia concluiu que passear o cão triplica o número de interacções sociais de uma pessoa.

Cães e humanos vivem juntos há mais de 15 mil anos, o que nos leva a pensar que os conhecemos bastante bem, mas os cães fazem muito mais do que fingir que estão mortos e correr atrás de um disco. Fique a conhecer algumas curiosidades deste animal.



Conseguem farejar as nossas doenças

Se tiver cancro, diabetes ou epilepsia, o seu cão pode ser o primeiro a saber. Estudos mostraram que os cães podem ser treinados para farejar o cancro do pulmão, da mama, da pele, da bexiga e da próstata. 

Os cães são ainda cada vez mais usados para ajudar pessoas com diabetes, cuja saúde pode ser afectada quando os seus níveis de açúcar no sangue aumentam ou diminuem drasticamente. Através de treino, os cães conseguem detectar o odor destas variações, conseguindo alertar os seus donos antes de estes começarem a sentir os sintomas.

Existem ainda alguns registos de cães que conseguem prever um ataque epiléptico 45 minutos antes de acontecer. Ainda ninguém sabe ao certo o porquê disto acontecer, mas algumas teorias apontam para mudanças comportamentais muito subtis que podem alertar o cão.



Alguns são muito inteligentes

De acordo com uma pesquisa apresentada em 2009 pela Associação Americana de Psicologia, alguns cães conseguem ser tão inteligentes como uma criança de dois anos. Os Border Collies são considerados a raça mais inteligente e chegam a memorizar e a perceber cerca de 200 palavras.

Caniches, Pastores Alemães, Golden Retrievers e Dobermans completam a lista das cinco raças mais inteligentes. Já os Bulldogs e os Beagles (raças mais antigas) encontram-se no fundo da lista, uma vez que são os que aprendem mais lentamente. Ao contrário das raças mais novas que estão mais “programadas” para sociabilidade e companhia, os cães das raças mais antigas dedicam-se mais a farejar e a caçar, dando-lhes mais músculos do que cérebro.



Conseguem sentir inveja…

Um estudo publicado em 2008 pela Academia Nacional de Ciência dos Estados Unidos concluiu que quando alguns cães vêem outros a receber biscoitos por um truque que eles mesmo fazem, mas não são recompensados, começam a ficar agitados e agressivos em relação aos cães que receberam a recompensa.

Porém, a versão canina da inveja não é tão sofisticada como a dos humanos. Os animais não aparentam mostrar-se incomodados com as diferenças da quantidade e qualidade das recompensas, desde que estes sintam que foram justamente recompensados pelas suas acções.



…mas não sentem culpa

Os típicos “olhos de cachorrinho” que os cães fazem quando são repreendidos, não são um sinal de culpa, de acordo com uma equipa de investigadores. O cão está apenas a responder à reprimenda. 

Durante o estudo, foram colocados cães sozinhos numa sala com um biscoito em cima de uma mesa. Apesar de nem todos terem comido o biscoito, passado algum tempo, todos foram repreendidos pelos seus donos e verificou-se que os cães mostraram-se igualmente “envergonhados” independentemente se tinham feito alguma coisa de errado ou não.



Cães mais dóceis vivem mais tempo

Os cães mais dóceis e obedientes vivem mais tempo que os outros, de acordo com um estudo publicado na revista ‘The American Naturalist’ em Junho de 2010. O estudo comparou o uso de energia, as personalidades, o ritmo de crescimento e a longevidade de 56 raças de cães.

Depois de se controlarem factores como o tamanho do corpo, os investigadores concluíram que as raças mais agressivas viviam mais depressa e morriam mais cedo. Estes cresciam mais depressa que os cães mais obedientes e tinham também mais necessidades de energia.



São os mamíferos com mais diferenças entre si

Dos Bassetts aos Weimaraners, os cães apresentam imensa diversidade em termos de estrutura corporal. Um estudo publicado na ‘The American Naturalist’ há três anos, mostrou que as diferenças entre os esqueletos das várias raças de cães são tão grandes que poderiam ser de diferentes mamíferos. 

Toda esta diversidade faz com que os cães sejam uma grande espécie para estudar como os genes funcionam, permitindo aos investigadores estabelecer ligações entre os genes e certos traços, para que se possa perceber porque é que os Dachshunds são tão atarracados e os Shar-peis são tão enrugados.


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